As Bem-Aventuranças

As bem-aventuranças são tão relevantes e valiosas hoje como eram nos dias dos apóstolos. Infelizmente, as pessoas hoje são tão “cegas” em ver aquilo que Jesus ensinou em suas declarações como eram “cegos” os apóstolos antes de aprender a ver as coisas de forma diferente.

Mateus 5.1-12

No Evangelho de Mateus, a primeira bem-aventurança de Jesus é sobre os “humildes de espírito”. De acordo com Lucas 6.20, Jesus disse “Bem-aventurados vós ospobres”. Ele deve ter feito as duas declarações em ocasiões diferentes. Em ambos os casos as afirmações são tão desconcertantes em nosso tempo como eram no primeiro século. Ser pobre ou humilde de espírito é ser sem poder, influência e posses materiais. Pode haver uma pequena diferença em ser pobre de espírito e ser simplesmente pobre. Como pode a pobreza ser fruto de bênção? O que faz da pobreza uma feliz e agradável condição diante de Deus?

O artista famoso, o herói conquistador e pessoas com enorme poder e posses são pessoas que são invejadas e imitadas em nossos dias. O pobre, o fraco, o mais humilde, as pessoas e grupos submissos são ignorados, descartados e considerados de pouco potencial. O vencedor, não o perdedor, é atualmente valorizado. Se a vida dos perdedores é arruinada, quem se importa?

Mesmo nas Igrejas, muita atenção é normalmente dedicada aos mais influentes líderes da comunidade do que às pessoas de menor status social. Contudo, Deus não se faz respeitar pelas poses e realizações de uma pessoa. Cada ser humano é criação de Deus. Há um lugar igual para cada um de nós na casa do Senhor. Hoje, como antes, Jesus abre seu Reino para todo aquele que deseja entrar. Surpreendentemente, aqueles que se sentem mais imprestáveis e oprimidos, perseguidos e desesperançados são exatamente mais intensamente abençoados.

Pessoas que se sentem empobrecidas em suas vidas espirituais são aquelas que mais desejam as riquezas do Reino de Deus. Aqueles que estão em pranto são os que estão mais prontos para o conforto e o fortalecimento que Deus oferece. O “manso”, que muitas vezes apenas recebe as sobras, conseguirá o que quer e não será expulso; ao invés disso será integrado ao Reino. Aos “mansos” será especialmente aberto o convite para tornarem-se bons despenseiros da criação de Deus. E aqueles que têm fome e sede de justiça estão mais inseridos no Reino no qual a retidão está sempre em evidência.

Jesus ensinou que o Reino é para o bem de todos nós. O Reino é melhor para os que mais dele precisam. O Reino é para aqueles que o valorizam, o apreciam e vivem regozijadamente com o que oferece. O misericordioso, o puro de coração, os que trabalham para a paz e os que são injustamente perseguidos podem entender e apreciar o que o reino oferece. Estas são as pessoas que tanto hoje, como ontem, encontram favor diante de Deus.

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