Os Dez Mandamentos

Embora reconhecendo a importância dos Dez Mandamentos, algumas pessoas questionam sua relevância para os nossos dias. Estas pessoas apontam que, em nossa sociedade acreditam em apenas um único Deus. Segundo elas, não seríamos mais tão tentados a acreditar em outros deuses e fazer imagens de ídolos para adoração. Da mesma forma, “não trabalhar no sábado não tem o menor sentido para nós”. Trabalhar sete dias na semana não é um problema atual, dizem. O problema seria o que fazer em nossa hora de descanso. E ainda comentam que,”há alguns dos Dez Mandamentos que quase ninguém tem intenção de cumprir”.

Êxodo 20.1-17

Por exemplo, furtar e mentir, dizem, são práticas comuns nos governos, nas empresas, na propaganda e entre as próprias pessoas; se fôssemos alterar estes procedimentos teríamos de alterar toda a forma de nos relacionarmos conosco mesmos. Os números absurdos de violência contra crianças fazem-nos imaginar se seus pais merecem ser honrados. Nossa sociedade é tão tomada por práticas de sexo ilícito no cinema, na TV e na vida real que o sétimo mandamento parece uma coisa fora do tempo, uma ideia ultrapassada. Então, em que medida os Dez Mandamentos se constituem numa orientação realista para as nossas vidas?

Esta é uma questão delicada que precisa ser encarada honestamente. Não basta dizer simplesmente que as leis de Deus não se tornaram antiquadas. Afinal, isto é obvio, apesar de parecer ser esta a única resposta que temos. O que era bom e certo para os israelitas no passado, como quando chegaram ao Monte Sinai, continua bom e certo para nós hoje também. Se uma congregação ouve vindo de seu púlpito mandamentos que proíbem “isto, aquilo e aquilo outro” é exatamente porque “isto, aquilo e aquilo outro” são coisas erradas que a própria comunidade está inclinada a fazer. É uma lógica estranha que diz que se nossa sociedade já está tão acostumada com um pecado em particular, nós devemos ignorar o mandamento que o proíbe. As leis de Deus podem adquirir uma nova forma e exigir novas interpretações com o passar dos anos, mas elas permanecem sempre atuais e prontas para serem cumpridas. Se esquecemos este fato ou o ignoramos, o fazemos por nossa própria conta e risco.

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